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número 3. octubre 2015
Alberto García Álvarez, Ignacio González Franco y Álvaro Rubio García
El efecto perverso de la predeterminación de la tarifa en el análisis coste beneficio de las nuevas
infraestructuras de alta velocidad
The unwanted effect of the predetermination of the fare on the cost-
benefit analysis of the new high-speed infrastructures
Alberto García Álvarez, Ignacio González Franco, Álvaro Rubio García
ABSTRACT
The fare applied to passengers has a very important influence on the economic-social and financial
result of the construction of a high-speed line. In fact, it is the second most influential variable on
the result following the quantity of the investment itself. This paper analyses the effects on the
demand, revenue and results of fare changes. It is concluded that economic-social profitability
almost always increases when fare is reduced, while financial profitability reaches a maximum with
a determined fare value, over and under which lower values are reached. In the example case, two
fares which are far from one another by 24% lead to the same financial result, while the economic-
social result achieved with the lowest of the two almost doubles that of the highest.
As a consequence, there is a reflection on the nature of the data being introduced in the cost-
benefit analyses. The paper goes on to highlight that there are some variables potentially
manageable by the planner to which a determined nature should not be applied, but rather they
should be object of optimization. Fare should not be given a stochastic treatment, since it cannot
be a matter of chance. We have to find the fare that optimizes the desired result (usually the
maximization of the economic-social benefit subject to a certain restriction on the financial result),
and with that we would undoubtedly improve the balance for the society.
KEY WORDS
Cost-benefit analysis, high speed, prices, fares, elasticity, price regulation.
O efeito perverso da predeterminação da tarifa na análise de custo-
benefício de novas infraestruturas de alta velocidade
Alberto García Álvarez, Ignacio González Franco, Álvaro Rubio García
RESUMO
A tarifa aplicada aos passageiros tem uma influência muito importante no resultado socio-económico
e financeiro de uma linha de alta velocidade. De facto, é a segunda variável com maior incidência
no resultado, depois do valor do próprio investimento. Neste artigo, analisam-se os efeitos na
procura, na receita e nos resultados devido a variações da tarifa. Conclui-se que a rentabilidade
socio-económica aumenta praticamente sempre que se diminui a tarifa, enquanto a rentabilidade
financeira atinge um máximo para um determinado valor da tarifa, acima e abaixo do qual se obtêm
valores menores. No caso exemplificado, duas tarifas que diferem 24% entre si conduzem ao mesmo
resultado financeiro, enquanto o resultado socio-económico obtido com a tarifa mais baixa quase
duplica o da mais alta.
Como consequência, é realizada uma reflexão sobre o caracter dos dados que se introduzem nas
análises custo-benefício. Destaca-se que existem algumas variáveis potencialmente geríveis em fase
de planeamento às quais não deveria ser atribuído um caracter predeterminado, mas que deveriam
ser objecto de optimização. A tarifa não deve ser objecto de um tratamento estocástico, na medida
em que não deve ser deixada ao acaso. Deve procurar obter-se a tarifa que optimiza o resultado
pretendido (normalmente, a maximização do benefício socio-económico sujeito a uma determinada
restrição no resultado financeiro) e dessa forma seguramente melhorar o balanço para a sociedade.
PALAVRAS CHAVE
Análise Custo-benefício; alta velocidade; preços; tarifas; elasticidade; regulação de preços.
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